Os doentes com lupus mantêm, na maioria das vezes, uma atividade profissional. A doença de lupus por vezes obriga-o a redefinir o projeto profissional ou porventura a parar de trabalhar, especialmente devido à fadiga. É difícil listar todas as situações em que se deve parar de trabalhar quando se tem lupus sistémico. Na prática, é feita uma distinção entre situações agudas e crónicas. Em situações agudas, qualquer complicação agressiva do lupus sistémico, como a ocorrência de poliartrite, lesões renais, pneumonite infeciosa que justifique a hospitalização, exigirá como resultado uma interrupção do trabalho, com uma duração dependendo da situação específica, até que seja possível o reinício do trabalho. Mais definitivamente, dependendo do tipo de profissão e especialmente do tipo de deficiência, uma interrupção do trabalho muito prolongada pode por vezes tornar-se necessária. Podemos mencionar a insuficiência renal em fase terminal que requer diálise. Deve ser feita uma distinção entre incapacidade temporária para o trabalho, que pode justificar a prescrição de uma licença por doença a termo certo, e incapacidade permanente ligada a um agravamento do lupus sistémico. Dependendo do contexto, isto pode justificar uma recolocação profissional ou porventura uma incapacidade.
A fadiga crónica está frequentemente presente durante o lupus e por vezes requer uma mudança no próprio projeto profissional.